Alimentação saudável = doença mental?

Mais um artigo nos jornais relacionando a busca por uma dieta saudável com uma doença mental. Desta vez foi o britânico guardian, que colocou o seguinte título em um artigo na seção de saúde mental: “Obsessãopor alimentos saudáveis causa aumento em nova desordem alimentar“ Segundo o jornal, a condição chamada Ortorexia Nervosa, afeta ambos homens e mulheres, na faixa acima dos 30, classe média e bem-educados. Esta “condição psicológica” foi batizada por um tal doutor californiano, Steven Bratman, em 1997, descrita como “obsessão por comer direito”.

Ursula Philpot, da grupo de saúde mental da Associação Dietética Britânica afirma: “Aqueles mais suscetíveis são de classe-média, pessoas bem-instruídas que lêem sobre artigos sensacionalista em papers, pesquisam sobre eles na internet, e tem tempo e dinheiro para pesquisar aquilo que eles acreditam ser alternativas mais puras.” Com o Codex Alimentarius chegando no fim do ano, vemos um ataque incessante a alimentação saudável e nutritiva. Alguns dias atrás saiu um artigo muito tendencioso sobre que alimentos orgânicos não eram mais saudáveis. Agora novamente atacam dizendo que quem se preocupa com alimentação é doente mental. Claro, bem certo é comer comida processada todos os dias em todas as refeições e tomar coca-cola.

A revista época mostra em uma reportagem similar um caso de uma bioquímica que não conseguia comer na casa de ninguém por causa deste problema. Neste caso esta pessoa perdeu totalmente o foco da questão. No meu ver temos que prezar pela nossa alimentação, mas temos também que prezar pelos relacionamentos sociais que iremos ter ao longo de nossa vida, porque isto é importante também.

Food Matters

Assisti ontem a um filme chamado “Food Matters”, ou em tradução livre: “Os Alimentos Importam”, que mostram o poder das vitaminas e super-alimentos (o içai entre eles) na alimentação e como as doenças poderiam ser drasticamente eliminadas do planeta com uma dieta natural e rica em nutrientes e vitaminas. Também mostra como a indústria farmacêutica tenta marginalizar o consumo de vitaminas em grandes quantidades e ervas. Você acaba vendo vários artigos na mídia dizendo que vitaminas fazem mal. Este aqui por exemplo.

Ex: todos os anos apenas nos EUA mais de 200.000 pessoas morrem por efeitos colaterais de remédios prescritos legalmente (e 600.000 com problemas graves) e tomados de acordo como indicado. Não lembro exatamente o numero exato, mas em 23 anos mais vários milhões morreram por complicações de medicamentos legais tomados de acordo com a prescrição. Em contraste, nestes 23 anos apenas 10 pessoas morreram vitimas de excesso de vitaminas, e isto que estes casos não foram comprovados. Para colocar em perspectiva, nos EUA 2006, 44,572 morreram em acidentes de carro, 18,029 em homicídios, e 560.102 em várias formas de câncer.

Por isto é importantes as pessoas estarem atentas para o Codex Alimentarius, que entrará em vigor a partir de 31 de dezembro. O CODEX, além de estabelecer padrões de produção de alimentos, irá permitir o uso de vários pesticidas que haviam sido banidos, tornar quase obrigatório o uso de hormônio de crescimento e alimentos trangênicos, além de determinar doses irrisórias máximas de vitaminas e ervas disponíveis para comprar. Aderir ao Codex ou não irá determinar disputas na OMS (organização mundial de comércio), o que será determinante para a aplicação do codex.

Fiquem ligados, ser saudável faz sentido, mas não faz dinheiro (para a indústria farmacêutica pelo menos).

Fontes:
– Guardian: Healthy food obsession sparks rise in new eating disorder
– Revista Época: Quando a dieta vira doença