Cia La Vaca promove apresentações do espetáculo “UZ” em Botucatu e Lençóis 

Comédia do dramaturgo uruguaio Gabriel Calderón direção de Renato Turnes
tem patrocínio do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura

A La Vaca Companhia de Artes Cênicas, de Florianópolis, chega àSP no mês de julho para turnê por Botucatu e Lençóis Paulista. Patrocinada pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura a circulação, inédita no estado de São Pauloe que conta com o apoio das Prefeituras de cada cidade, inclui apresentações gratuitas do espetáculo “UZ”e debate com o público interessado após cada apresentação. Os atores promovem ainda um Ciclo de Oficinas e um encontro com grupos teatrais e artistas locais em cada município.Todas as apresentações terão tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a classificação indicativa é para maiores de 14 anos.
Em cartaz desde 2014, o espetáculo UZ, do autor uruguaio Gabriel Calderón, é uma comédia que trata das relações entre família, sociedade e religião.Na obra de Calderón é constante a presença da família, ou de uma alegoria dela, como dispositivo gerador dos conflitos dramáticos nos quais religião, opressão, sexualidade e violência são temas abordados. O espetáculo integrou a programação de importantes festivais no Brasil e exterior, e circulou por 25 cidades de Santa Catarina por meio do projeto EmCena Catarina, do SESC. No ano passado, a peça abriu o Festival Internacional de Teatro de Blumenau.
De acordo com Milena Moraes, fundadora da companhia ao lado de Renato Turnes, a ideia da circulação é oferecer ao público um conjunto de ações artísticas e formativas que contribua para o fortalecimento dos olhares críticos e reflexivos sobre a sociedade, estimulando os envolvidos para o pleno exercício da cidadania. “Oferecemos umCiclo de Oficinas por município e, nesta turnê, vamos realizar sete ações de capacitação que visam fortalecer a formação técnica e artística de estudantes e profissionais das artes cênicas, mas que serão abertas também ao público interessado”, explica a atriz. Dentre as áreas de interesse estão: direção, interpretação, técnicas corporais, comédia, iluminação, produção, além de uma oficina para o público infantil, todas permeadas por técnicas e dinâmicas presentes na criação do espetáculo.
O projeto do grupo La Vaca inclui também um Encontro com Gruposque busca promover o intercâmbio de linguagens e de modos de produção entre o grupo e os artistas locais e ainda a Ação de Formação de Plateia, que logo após cada apresentação do espetáculo, se dará na forma de um bate-papo sobre o processo de criação e temáticas presentes no espetáculo com o público interessado.
Tanto as apresentações do espetáculo como o restante da programação do projeto serão oferecidas ao público de forma gratuita.

SERVIÇO
UZ – Espetáculo teatral
UZ é uma pequena cidade, onde os habitantes vivem suas vidas aparentemente perfeitas, guiados pelos ensinamentos da igreja.Até que Grace, a mais virtuosa daquele lugar, escuta a voz de Deus ordenando que mate um de seus filhos.As tentativas de cumprir essa missão abrem caminho para a revelação das hipocrisias e perversões escondidas pelos cidadãos, o que desencadeia um processo de descontrole crescente no qual a farsa propicia um ambiente cômico, mas também crítico e pungente.Comédia. Duração: 95min. Classificação indicativa: 14 anos.

BOTUCATU
SEGUNDA (16/07) e TERÇA (17/07), às 20hs
Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci
[Praça Coronel Rafael de Moura Campos, 27 – Centro, Botucatu]
Entrada Franca: Ingressos distribuídos 1h antes da apresentação

LENÇÓIS PAULISTA
SÁBADO (28/07), às 20h, e DOMINGO (29/07), às 19hs
Teatro Municipal Adélia Lorenzetti
[R. Cel. Álvaro Martins, 790 – Centro, Lençóis Paulista]
Entrada Franca: Ingressos distribuídos 1h antes da apresentação

Reservas de para grupos da Educação de Jovens e Adultos – EJA, podem ser feitas pelo whatsapp14 99629-1499.

Todas as apresentações do espetáculocontarão com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

ENCONTRO COM GRUPOS – Roda de conversa com Cia La Vaca.
Cia La Vaca convida grupos e artistas locais para intercâmbio de experiências, trajetórias, linguagens e de modos de produção.

BOTUCATU
QUARTA (18/07), das 19h às 22h
Casa da Juventude Prof. Vinício Aloise
[R. Benjamin Constant, 161 – Vila Jahu]

LENÇÓIS PAULISTA
SEGUNDA (23/07), das 19h às 22h
Espaço Cultural Cidade do Livro
[Rua Pedro Natálio Lorenzetti, 286 – Centro]

Entrada franca e aberta ao público interessado.

SINOPSE: UZ é uma pequena cidade, onde os habitantes vivem suas vidas aparentemente perfeitas, guiados pelos ensinamentos da igreja.Até que Grace, a mais virtuosa daquele lugar, escuta a voz de Deus ordenando que mate um de seus filhos.As tentativas de cumprir essa missão abrem caminho para a revelação das hipocrisias e perversões escondidas pelos cidadãos, o que desencadeia um processo de descontrole crescente no qual a farsa propicia um ambiente cômico, mas também crítico e pungente. Comédia. Duração: 95min. Classificação indicativa: 14 anos.

UZ, O ESPETÁCULO

Deus criou o mundo em sete dias.
Quantos dias levará Grace para destruí-lo?

Na pequena cidade de UZ vive Grace, mulher religiosa e devotada ao lar, ao marido e à sua família exemplar. Um dia Grace ouve a voz de Deus, que lhe ordena matar um de seus filhos. Obcecada em cumprir a ordem divina, Grace instaura o caos na antes pacata cidadezinha. O marido transforma-se, o pastor revela-se e os vizinhos se desesperam diante da realidade que Grace os faz enxergar.

Este é o argumento de UZ, uma parábola tragicômica sobre as relações entre família, sociedade e religião. De tão crente em Deus, Grace, a mais perfeita dona-de-casa, quase não hesita em seguir as mais absurdas ordens de um Deus que não vê, mas “sente”.

O marido Jack, fiel e amantíssimo, não se furta aos mais insólitos subterfúgios para permanecer ao lado de sua esposa. O filho Tomás, perfeito e em idade militar, ama a mãe e a irmã e tem o pai como exemplo de virtude. A filha Dorotea (ou Doroty), se mantém isolada em um mundo próprio. O pastor Maykol mantém, com mãos quase sempre firmes, os membros da igreja no caminho certo. O açougueiro, José, e sua filha, Catherine, são cidadãos igualmente de bem que completam o rol dos habitantes de UZ prestes a serem levados à histérica e delirante ruína moral.
Na obra de Calderón é constante a presença da família, ou de uma alegoria dela, como dispositivo gerador dos conflitos dramáticos nos quais religião, opressão, sexualidade e violência são temas abordados. Dessa vez ela vem ambientada em uma vizinhança religiosa, sustentada por aparências e dominada pela perfeição ilusória e opressiva dos modelos familiares tradicionais.
A direção procurou manter o ritmo alucinado das ações do texto de Calderón, ao mesmo tempo em que aprofundou as contradições dos personagens, oferecendo um fundo dramático que sustenta o jogo cômico, ressaltando o patético e o grotesco dos fanáticos.
É uma abordagem que se utiliza da linguagem da comédia e da farsa para tocar em feridas abertas a serem enfrentadas pela sociedade brasileira, como a ascensão do poder político das igrejas e a crescente onda de ódio à diversidade.
Após as apresentações haverá um bate-papo sobre o processo de criação e temáticas presentes no espetáculo com o público interessado.

FICHA TÉCNICA: UZ | De Gabriel Calderón | Tradução: Esteban Campanela | Direção: Renato Turnes | Com: Alvaro Guarnieri, Lara Matos, Malcon Bauer, Milena Moraes, Rafael Orsi de Melo, Thaís Putti e Wmarcão | Desenho de luz: Daniel Olivetto | Cenografia: Sandro Clemes | Figurino: Karin Serafin | Maquiagem: Robson Vieira | Trilha sonora: Ledgroove | Arte gráfica: Renato Turnes | Produção: Milena Moraes e Renato Turnes | Produção local: Robert Coelho | Gênero: Comédia. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 95 minutos

Todas as apresentações do espetáculocontarão com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

LA VACA, A COMPANHIA

La Vaca é uma companhia brasileira de teatro criada por Milena Moraes e Renato Turnes. Nasceu em 2008 com a montagem de Mi Muñequita, estreia brasileira do texto do dramaturgo uruguaio Gabriel Calderón. Nos anos seguintes a companhia seguiu um caminho de desenvolvimento de seu trabalho, fruto das parcerias estabelecidas com artistas da nova cena teatral latino-americana, especialmente criadores uruguaios. Seguiu-se a montagem de Kassandra, de Sergio Blanco e de UZ, outro texto de Calderón.

Além destes, a companhia desenvolveu projetos diversos, que vão desde experiências autorais em gêneros cômicos a intervenções urbanas, estabelecendo relações criativas e profissionais com artistas de outros coletivos.

Nesses dez anos de estrada uma identidade própria, que destaca o trabalho da companhia no cenário regional e nacional, foi sendo construída às custas de um trabalho intenso, dedicado à investigação artística e à produção de espetáculos esteticamente comprometidos e politicamente relevantes, que dialogam com os espectadores de forma potente.

O resultado desse esforço foi a participação da companhia em festivais importantes como o FILO – Festival Internacional de Londrina, FITRUPA – Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre, FIT-BH – Festival Internacional de Teatro de Palco & Rua de Belo Horizonte e Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília, além do Festival Isnard Azevedo de Florianópolis; a aprovação e premiação de projetos em editais como o Prêmio Municipal de Incentivo à Cultura da Fundação Franklin Cascaes de Florianópolis, Edital do Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis, Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz, Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural e Programa PETROBRAS Distribuidora de Cultura; e o convite para projetos de circulação regionais, como o EmCena Catarina nas edições de 2009 e 2016, e nacionais, como o Palco Giratório na edição de 2010, ambos do SESC, além de temporadas constantes em Santa Catarina, São Paulo e Montevidéu, Uruguai, que reforçam o vigor dos projetos da companhia e vêm gerando vagas de trabalho para cerca de 60 artistas e técnicos.

OFICINAS

Direção – processos compartilhados de criação em artes cênicas – Renato Turnes – 4h
Tem por objetivo instrumentalizar os participantes em questões teóricas e práticas acerca dos processos de direção de espetáculos, de forma a estimular a criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento de projetos autorais de encenação. A atividade é voltada para pessoas com projetos de encenação em qualquer fase de desenvolvimento. A partir das características individuais de suas ideias, o grupo elabora, em diálogo com o ministrante, possibilidades de procedimentos criativos, metodologiasde trabalho e linguagens a serem exploradas em sua prática autônoma.

O real na cena: atuação por estados e risco – Lara Matos – 8h, a partir de 16 anos
Experimentação de técnicas corporais em busca da melhora na consciência corporal do participante. São desenvolvidos exercícios com base em técnicas corporais diversas e treinamento de atores a fim de experimentar “limites” do corpo para chegar a elementos de risco que “ativam” a percepção na cena.

Onde vive meu personagem? – Thaís Putti – 6h, de 8 a 12 anos
Há um povoado que ainda não tem nome. Quem são essas pessoas? Esta oficina propõe uma experimentação teatral pensando a criação de personagens e elaboração de cenas em grupo. A ideia é que as crianças estruturem cenas curtas a partir de personagens criados por elas mesmas através de desenhos e estímulos musicais.

Humor do cotidiano – baseado em uma história real – WMarcão -8h, a partir de 14 anos
A oficina se propõe a experimentar a criação de monólogos cômicos a partir das experiências pessoais dos participantes. Utilizando técnicas da stand upcomedy, os participantes serão estimulados a escrever textos e representá-los diante de um microfone. Nesse processo questões como dramaturgia, presença, interpretação e técnica vocal e corporal, serão trabalhadas no sentido de instrumentalizar os participantes para a criação autônoma de performances que reflitam e critiquem de maneira cômica a realidade que os cerca.

Produção em escalas – Milena Moraes – 4h
Encontro para troca de ideias e aperfeiçoamento de projetos criados por agentes culturais locais. A ideia é instrumentalizar agentes para elaborar e executar projetos, oferecendo um panorama de possibilidades que vão desde a captação de micro apoiadores até a inscrição de projetos em leis de incentivo e editais.

Rir para não chorar – Malcon Bauer – 8h, a partir de 14 anos
Promoção de discussão teórica e prática sobre o humor politicamente incorreto. A introdução ao tema se dará através de referências teóricas, literárias e audiovisuais. Será realizada uma série de jogos de improvisação e uma análise de textos teatrais, onde técnicas de interpretação teatral serão exploradas. Em todas estas etapas os participantes experimentarão a construção de personagens e a criação de situações onde o humor politicamente incorreto esteja presente, também será discutida sua utilização como crítica, agente de reflexão e componente dramático na cena.

O ator e o processo criativo a partir de estímulos: da exaustão à criação – Rafael Orsi de Melo – 8h, a partir 16 anos
A proposta é orientar os participantes a experimentarem a criação de material cênico a partir da exaustão e de estímulos-surpresa. A partir do material produzido pelos participantes durante esta experiência, uma demonstração do processo será realizada ao final da oficina.

As inscrições devem ser feitas através de formulário disponibilizado no site da Companhia, o www.cialavaca.com.

OFICINAS

BOTUCATU

O real na cena: atuação por estados e risco – Oficina com Lara Matos (10 vagas; 16 anos) QUINTA (19/07) E SEXTA (20/07) das 13h às 17h

Onde vive meu personagem? – Oficina com Thaís Putti (6 vagas; 8 a 12 anos.)
QUINTA (19/07) E SEXTA (20/07) das 14h às 17h

Direção – processos compartilhados de criação em artes cênicas – Oficina com Renato Turnes. (8 vagas.)
QUINTA (19/07) das 18h às 22h

Produção em escalas – Oficina com Milena Moraes (8 vagas.)
SEXTA (20/07) das 18h às 22h

Rir para não chorar – Oficina com Malcon Bauer (10 vagas.)
QUINTA (19/07) e SEXTA (20/07) das 18h às 22h

Humor do cotidiano – baseado em uma história real – Oficina com WMarcão (8 vagas.) SÁBADO (21/07) das 9h às 13h e das 15h às 19h

O ator e o processo criativo a partir de estímulos: da exaustão à criação – Rafael Orsi de Melo (10 vagas; 16 anos)
DOMINGO (22/07) das 9h às 13h e das 15h às 19h

• LOCAL:
Casa da Juventude Prof. Vinício Aloise
[R. Benjamin Constant, 161 – Vila Jahu]