Eleições passadas

Antes que  se instituísse o voto secreto no Brasil, as eleições se realizavam sem que o eleitorado pudesse manter em sigilo o nome do candidato de sua preferência. No dia do pleito, os candidatos colocavam seus cabos eleitorais em pontos estratégico da cidade, incumbidos de passarem a cédulas e descobri os possíveis desertores de última hora. As entradas da cidade estavam sempre sob forte vigilância e, à medida que iam surgindo as pessoas aptas a votar, estas eram conduzidas a um local denominado “Viveiro”. Ali os eleitores recebiam doces, sorvetes, refrigerantes, cigarros e sanduíches e os famosos “valões” que davam direito ao portador adquiri roupas, sapatos e um suculento almoço com a família.

A partir do viveiro, os eleitores iam direto para o local de votação onde eram vigiados pelos pelos fiscais, mesários e membros dos partidos.  Naquela época, os cartórios eram de propriedade de pessoas indicadas pela situação (daqueles que detinham o poder), e por esse motivo eram fieis aos seus “patrões”. De acordo com a história, quando esse pessoal percebiam que corriam risco de perder a eleição, era dada uma ordem para o cartório expedir títulos de eleitor de pessoas falecidas, os “fósforos” como eram conhecidos. Muitas vezes, os “fósforos” votavam em todas as sessões existentes no recinto. A única exigência dos mesários era a apresentação do título e nada mais. Esse procedimento nas eleições foi até o início dos anos 20 do século passado. Depois dessa data, novas leis foram criadas e “respeitadas”.

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