José Ângelo Simioni

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(Lençóis Paulista, 1942 – Limeira, 9 de setembro de 1983) foi um aviador brasileiro. José Ângelo Simioni era apaixonado por aviação. Iniciou na terra de seu avô o seu grande sonho, a construção do aeródromo em conjunto com a prefeitura municipal de Lençóis Paulista, que realizou a terraplanagem do terreno, e ali inicia-se um dos berços da aviação acrobática e desportiva do Brasil.   Após algum tempo do aeroporto já instalado e em pleno funcionamento, o “gordo” Simioni, como era chamado pelos amigos, construiu uma das maiores oficinas de aeronaves da época, e foi revendedor da Cessna no Brasil. Inúmeros pára-quedistas que vinham de todos os cantos do Brasil e alguns até do exterior, concentravam-se em todos os finais de semana para saltar nos Beech-bi de Simioni, no aeroporto de Lençóis Paulista. Foi nessa época que nasceu o Circo Aéreo, atual Esquadrilha Oi, iniciado em Lençóis Paulista em 1981. Simioni contava com a presença acrobática de Alberto Bertelli, o maior piloto brasileiro de acrobacias aéreas de todos os tempos, Coronel Antonio Arthur Braga, o Coronel Braga, que acumulou o maior número de horas voadas em aeronaves North American T-6 em todo o mundo, Carlos Edo, líder da Esquadrilha Oi, Fernando Almeida, entre outros. José Ângelo Simioni arrematou da Força Aérea Brasileira, todas as peças e carcaças referentes aos aviões utilizados por ela, como o N/A T-6, Beech-bi, Douglas DC-3, Consolidated PBY-Catalina, e até de alguns caças. Simioni foi considerado o maior piloto civil, incentivador e disseminador de T-6 no Brasil. José Ângelo Simioni faleceu no dia 9 de setembro de 1983, durante uma apresentação com seu North American T-6, PT-KSZ, o inesquecível T-6 de ronco forte, frente xadrez e fuselagem prateada, na cidade de Limeira-SP, interior de São Paulo, durante um show aéreo. Acostumado a fazer acrobacias com o T-6, infelizmente o avião entrou em um parafuso, a recuperação foi muito baixa e o avião atingiu o solo. Na aeronave estavam Simioni e Márcia Mammana, uma acrobata da época. Com certeza, essa foi uma das maiores perdas para a aviação acrobática do nosso pais. “Uma perda lastimável, nosso pai, nossa mãe na aviação acrobática, no pára-quedismo, na aviação pequena em geral. Não tenho palavras para definir o estado em que nos encontramos, de choque, pela perda do amigo, devido a esse acidente que para nós foi uma surpresa, uma vez que o Simioni voava muito bem. Era um piloto nato e esse tipo de acrobacia que ele fazia com seu T-6, sinceramente, nunca me deu susto em nada. Ele voava com uma perfeição e com uma técnica incomparáveis. Simioni era um autodidata, nunca ninguém o ensinou. Ele aprendeu tudo como um perfeito acrobata e um piloto perfeito em tudo.” — relato do Coronel Braga no Jornal Tribuna Lençoense, de 1983.

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