Novembro Azul – Idade, raça e histórico familiar podem interferir no diagnóstico do câncer de próstata

O rastreamento deve ser anual e consiste em exame de toque retal para palpação da glândula prostática

O rastreamento do câncer de próstata é importante. Mas qual a idade para começar? A resposta está relacionada a fatores como idade, raça e histórico familiar. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens de etnia negra ou aqueles com parentes de primeiro grau com câncer de próstata iniciem a avaliação urológica com 45 anos, enquanto que os demais devem começar aos 50 anos. “Homens com parentes de primeiro grau, ou seja pai ou irmão, com câncer de próstata, têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença ao longo de sua vida quando comparado à população masculina em geral”, afirma o urologista Pedro Ivo Rocchetti Pajolli (foto), do Grupo São Francisco, que faz parte da Hapvida, e é membro titular da SBU.

O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum em homens, só atrás do tumor de pele. A estimativa é que neste ano o Brasil tenha cerca de 65 mil novos casos da doença. Porém, não há indicação para que toda população masculina antecipe o rastreamento, visto que o tumor atinge mais frequentemente homens após os 40 anos de idade. Além disso, os exames para diagnóstico e mesmo o tratamento do câncer, quando não bem indicados, podem trazer complicações que irão impactar negativamente na qualidade de vida, alerta Pajolli. “Há uma classificação quanto à gravidade do tumor de próstata. A partir desta classificação,

urologista e paciente irão determinar a melhor forma para tratar. Classificar é imprescindível para tomarmos a decisão mais assertiva no intuito de curar o paciente e diminuir o risco de complicações indesejadas, como incontinência urinária e disfunção erétil”, explica.

O rastreamento do câncer de próstata, que deve ser anual, consiste em dois exames iniciais: toque retal, quando o médico averigua a existência de alteração da próstata, como um nódulo, e exame de sangue denominado Antígeno Prostático Específico (PSA), que é uma proteína produzida pela próstata. É fundamental, frisa Pajolli, uma abordagem individualizada do paciente a fim de evitar complicações com diagnóstico e tratamentos agressivos da doença, principalmente em pacientes portadores de tumores indolentes, que se desenvolvem lentamente e não se espalham para outros tecidos e órgãos. Dentre as formas de tratamento do câncer de próstata atualmente, estão a cirurgia, seja ela por via aberta, laparoscópica ou robótica, radioterapia, braquiterapia e até a vigilância ativa do câncer sem, necessariamente, a retirada da glândula. “Importantíssimo esclarecer que esta vigilância ativa deve ser feita através de um acompanhamento rigoroso do urologista a fim de reduzir o risco de complicações futuras”, frisa Pajolli.

Como o câncer de próstata é uma doença silenciosa, que apresenta sintomas somente quando já está em estágio avançado, o rastreamento da doença é a melhor maneira de obter o diagnóstico precoce. “Os homens no Brasil, culturalmente, vão menos ao médico que as mulheres e ainda têm certo preconceito em fazer o exame de toque retal. É exatamente por isso que campanhas como Novembro Azul são realizadas anualmente com a finalidade de quebrar o paradigma em relação à avaliação da próstata e conscientizar a população masculina da gravidade da doença. O toque retal e/ou PSA alterados auxiliam no diagnóstico do câncer e são fundamentais para indicar a biópsia da glândula ou complementação com outros exames de imagem. “Mesmo na presença de todos esses outros métodos auxiliares no diagnóstico do câncer, deve-se ressaltar que nenhum deles substitui o exame digital da próstata”, acrescenta.

Os sintomas relacionados ao câncer da próstata tendem a se manifestar quando a doença já está em fases avançadas, muitas vezes impossibilitando tratamento curativo ou mesmo quando já afeta outros órgãos. “No Brasil, 20% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata chegam ao médico com a doença avançada. De cada quatro homens com diagnóstico de câncer de próstata, um morre em decorrência da doença. Essas taxas

podem ser reduzidas através do diagnóstico precoce, quando a chance de cura é de 90%. Fica assim evidente a importância de fazer o exame do toque e PSA anualmente. A melhor maneira de prevenir o tumor é a avaliação urológica anual e hábitos de vida saudáveis, como realização de atividade física diariamente e controle do peso”, completa o urologista.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 6,5 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde e Medical, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 35 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 43 hospitais, 191 clínicas médicas, 43 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Asssinatura Ieda