Pessoas Fundamentais

Já imaginou se o mundo não conhecesse pessoas como Mártir Luther King, grande líder negro que encabeçou  o movimento dos direitos civis dos negros estadunidenses?  O que seria dos indianos se a mãe de Mohandas Karamchand Gandhi (Mahatma Gandhi) tivesse praticado aborto?  O que aconteceria com o mundo se Maria não emprestasse o seu Santo Ventre para a geração do Criador?  Se Santa Mônica não rezasse tanto para a conversão de seu filho Santo Agostinho?  O que aconteceria  com a África se Nelson Mandela não tivesse resistido a três décadas de prisão?  Como teria sido o mundo das artes sem as presenças de Frank Sinatra, Elvis Presley, Nat King Kole, Pablo Picasso, Leonardo Da Vinci, Cândido Portinari, Roberto Carlos Braga, Cartola, Elis Regina, Tonico e Tinoco e tantos outros que este espaço seria insuficiente para citar todos? E o futebol, seria  paixão mundial sem Leônidas da Silva, Valdir Pereira (Didi), Roberto Rivelino, Puskas, Cruijff, Pelé, Maradona,  Cristiano Ronaldo, Lionel Messi (só para lembrar alguns)? Em se falando de Brasil, poderíamos nos esquecer do grande Ayton Senna da Silva, Eder Joffre, Miguel de Oliveira, Santo Frei Galvão e outros?.  E no âmbito do município, o que seria dos lençoenses se grandes homens e mulheres não tivessem nascido, vivido e se entregado obstinadamente às causas deste sagrado pedaço de chão brasileiro conhecido como Lençóis Paulista? Podemos citar aqui pelo menos dez nomes de pessoas que entregaram parte de suas vidas em prol da comunidade lençoense. Antonia Adélia Segalla Lorezetti, por exemplo,  viveu para servir aqueles que necessitavam de seus préstimos; Antonio Lorenzetti Filho assim como sua esposa, muito contribuiu para o progresso da cidade, tendo em suas mãos em duas oportunidades, a batuta que regeu com maestria os destinos do município. Não há um só setor de Lençóis que Seo Tonico e Dona Adélia não tenham dado sua contribuição. Outros nomes, cada qual à sua maneira, colaboraram para a pujança da terrinha que hoje ocupa lugar de destaque no cenário nacional. Pode-se citar aqui Alexandre Chitto, jornalista e historiador criador do jornal O Eco e Museu Municipal; Orígenes Lessa, escritor membro da Academia Brasileira de Letras e Patrono da Biblioteca   da cidade, uma das maiores do Brasil, com mais de 120 mil títulos.  Se fossemos listar aqui todos os nomes de criaturas que esqueceram de viver para se dedicarem às causas da cidade, faríamos um livro. Garis, jardineiros, políticos, professores, empregadas domésticas, músicos, advogados, médicos, dentistas, enfermeiros, pedreiros, agricultores, lavradores, mecânicos, jornalistas, todos, sem distinção, deram e dão diuturnamente tudo de  si para que possamos usufruir de uma cidade realmente digna de viver.

 

 

Benedicto Blanco

Jornalista e escritor