Dom José Magnani

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O padre José Magnani era natural de Massa e Carrara/Itália. Ele nasceu no dia 24 de fevereiro de 1851. Ordenou-se padre no seminário de sua terra natal. Vindo para o Brasil em 1886, foi vigário da paróquia de Lençóis Paulista nos anos de 1887 a 1900, depois foi vigário interino de 15/09/1906 a 25/5/1907 e vigário efetivo de 29/6/1911 a 11/6/1921. Em virtude de um atentado político/religioso sofrido por ele em 31 de março de 1889, deixou de ser vigário, devido aos ferimentos graves provocados por balas. Ele ficou impossibilitado de exercer as funções de vigário, mas permaneceu como coadjutor da paróquia até 1914. Ainda em 1914, foi novamente nomeado vigário de Lençóis Paulista onde exerceu seu sacerdócio até o dia 14 de junho de 1921, data em que veio a falecer. Seu corpo foi sepultado no cemitério local depois foi trasladado para a Igreja Matriz, onde tem sepultura perpétua.
Quando padre Magnani chegou a Lençóis, integrou-se na Campanha Abolicionista. Na condição de democrata republicano aderiu à  proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, tendo sido o primeiro intendente (prefeito) do município, implantando na cidade, idéias republicanas. Posteriormente exerceu a presidência da Câmara. Mais tarde afastou-se da vida pública para se dedicar ao sacerdócio religioso. Padre Magnani (a pronúncia certa é MANHANI) foi defensor ardoroso do progresso do município. Seus superiores tentaram transferi-lo para outras paróquias, mas ele, bravamente lutou e permaneceu em Lençóis Paulista. Como causídico, advogou vários anos na comarca de Agudos à qual Lençóis pertencia. Padre Magnani foi um grande defensor dos mais humildes, dos pobres. Foi sob seu comando que  a velha igreja matriz demolida para dar lugar a atual, foi construída. Lutou pela vinda dos imigrantes europeus. Interferiu para que Estrada de Ferro Sorocabana não passasse distante da cidade. Para isso, ele chegou a doar o terreno para a edificação da estação. Auxiliou os capuchinhos na catequização dos índios da Zona Noroeste e Alta Paulista.  Combateu ardorosamente os inimigos da religião cristã. Destemido, franco e leal, soube sempre defender os direitos de Lençóis Paulista. Como homenagem  póstuma seu nome está perpetuado na Praça do atual Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Piedade.
Fonte: Lençóis Paulista, Ontem e Hoje

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