João Zillo

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João Zillo, ou Joanim, como era  mais conhecido, nasceu no bairro Rocinha, em Lençóis Paulista, em 12 de junho de 1910. Era o primeiro filho dos imigrantes italianos José Zillo e Angelina Lorenzetti. Na sua juventude, Joanim participava ativamente das atividades da família. Como bom católico, era integrante da Congregação Mariana, participava de movimentos religiosos, festas, sobretudo das animadas quermesses. Sempre integrado à vida social da cidade, gostava de dançar e freqüentava assiduamente as reuniões festivas da Sociedade Italiana que tinha como sede o atual Centro de Atendimento ao Cidadão, antigo Colégio Garrido na Rua Anita Garibaldi. Desde os primeiros anos da juventude, pensava nas viagens que gostaria de realizar. Seu pai, estabelecido com uma loja de secos e molhados, fez anexação de um posto de combustíveis, tornando-se revendedor da Ford, negócio que trouxe muito progresso para Lençóis Paulista. Seguindo o espírito empreendedor do pai, e como representante da empresa Zillo, Joanim foi vendedor de aguardente em toda a região. Nos intervalos de sua vida comercial, também gostava de fazer viagens de recreio para São Paulo. Ia de trem e aproveitava para rever o amigo Mauro Chitto que morava no centro de Pary, bairro de São Paulo. Nessa ocasião, Joanim conheceu a jovem Augusta Parpinelli que morava defronte a casa de Mauro Chitto. Os passeios pela capital do estado eram freqüentes. Conta o historiador Alexandre Chitto, que Joanim nunca deixava de levar a sua máquina fotográfica para registrar todos os momentos. No dia 6 de janeiro de 1938, na Igreja Santo Antonio do Pary, João Zillo  e Augusta Parpinelli uniam-se pelo sagrados laços do matrimônio. Vieram morar em Lençóis Paulista  numa confortável residência na Rua Geraldo Pereira de Barros.  O casal teve sete filhos: José Augusto, Miguel, Daniel Jesus, João Batista, Maria Lúcia, Luiz Santana e Maria Augusta.
Em todas as iniciativas  da família, Joanim se fez presente. Uma das maiores aconteceu no final da década de 1940 quando em parceria com a Família Lorenzetti fundou uma usina de açúcar (Usina São José). Pela iniciativa e pelo desempenho no setor canavieiro, Joanim foi homenageado pela Associação da Indústria de Açúcar do Estado de São Paulo. Mais tarde, ajudou a fundar as Indústrias Zillo que produziam óleo de amendoim e algodão nas cidades de Marília e Tupã. Em 1973 participou também da implantação da indústria têxtil Omi Zillo Lorenzetti, em Lençóis Paulista. Por intermédio de Joanim, a família Zillo foi adquirindo terras em larga escala. É bom que se registre, muitas obras da cidade foram construídas em terras doadas pela família Zillo. Entre elas cita-se o Lar Nossa Senhora dos Desamparados, (Asilo), Lar das Crianças e a Maternidade do Hospital. As duas últimas, homenageiam Angelina Zillo, mãe de Joanim.
Outras obras surgiram em terrenos doados pela Firma Zillo Lorenzetti. Clube Social Esportivo e Cultural (Cesec), doado recentemente à prefeitura e batizado como “Arcângelo Brega Primo”; escola Cooperelp e sede recreativa do Banco do Brasil, entre outras. Joanim Zillo, dotado de espírito humanitário fazia freqüentes doações. No anonimato doava instrumentos musicais a bandas da cidade. Joanim Zillo faleceu com 90 anos, no dia 3 de março de 2001. Seu corpo foi sepultado no cemitério local no túmulo onde já se encontrava o corpo de sua esposa. João Zillo tem o nome perpetuado no bairro Cecap “Núcleo Habitacional João Zillo”.

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